OS MALUCOS DO NILO Foram recentemente descobertas, numa câmara até agora desconhecida da pirâmide de Gizé, cassettes que se sabe agora serem dos primeiros registos televisivos de todos os tempos. O projecto de uma Televisão do Alto e Baixo Egipto surgiu durante o reinado de Akenathon, faraó que tentou fazer com que Aton, o sol, fosse declarado a divindade suprema do politeísmo egípcio. Esta ideia acabou por cair quando o seu sucessor apanhou um escaldão na praia de Espinho num dia que até estava meio nublado. Quanto ao projecto da televisão, também esse acabou por cair, mas as cassettes agora descobertas documentam alguns anos de transmissões e, particularmente, um projecto de humor, chamado OS MALUCOS DO NILO, que consiste numa colagem de boas e velhas anedotas egípcias que, segundo relatos de Alexandre, o Grande, 'partiam-me todo, era rir às gargalhadas e daquelas agudas, mas também há que ter em conta que eu sou roto'. O que se segue é um dos excertos recentemente traduzidos.
Interior de um templo. Pinturas nas paredes. Um faraó (F) está sentado no trono e o seu filho (P) entra na sala.
P: Pai, meu pai senhor faraó?
F: Dize, meu filho.
P: Estive a olhar para estas paredes, meu pai.
F: E então, petiz?
P: E então, meu pai, acho que sei o que quero fazer de minha vida.
F: E o que vem a ser isso, gentil criança?
P: Quero ser modelo, meu pai, quero que os homens de talento me pintem nestas paredes.
F: Que disparate.
P: A sério, senhor meu papá, pois a verdade é que quero ser pintado em tons de carmim e folha de ouro.
F: Dize isso mais uma vez e juro por todos os espíritos do Nilo que lhe torço o pescoço.
(Pausa)
P: (com alegria) Obrigado, meu senhor.
O faraó olha para a câmara e contorce suas faces. RC
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